Começo pensando que talvez tenha algo de errado em minha cabeça. Ou em minhas mãos. Talvez em minha boca. Um pouco em meus olhos - e uma pitadinha no meu peito.
Começo achando que talvez tenha algo de errado em minha cabeça. Porque sinto um montão de coisas quando estou com você. E não faço ideia do que cada uma delas significa, mas sei que tomam conta de mim. De cada parte.
Começa na ponta dos meus dedos - às vezes no canto dos meus lábios, no finalzinho da minha orelha ou na palma de minhas mãos - e se espalha por todo o meu corpo, numa velocidade que eu nem fazia ideia poder existir. Como um calor que vai do canto dos meus lábios até qualquer lugar em meu peito e me aquece numa tarde congelante de julho.
Eu sinto um montão de coisas quando estou com você, e quero segurar cada uma delas em minha mente, em minhas mãos, em meus lábios, em meu rosto - em todo o corpo - para que não escapem. Acho que não posso fazer isso. Então, deixo que elas viajem por meu peito - e venham e voem e voltem.
Sinto um montão de coisas quando estou com você. E isso é mágico.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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