Eu te sinto à quilômetros de distância, suas garras se alastrando até minha pele, penetrando até a última camada.
Eu te ouço à quilômetros de distância, seus sussurros invadindo meu corpo até o ensurdecer.
A primeira coisa que vejo são seus olhos: fendas odiosas ecoando as sombras que gritavam em seu íntimo. Me calei.
A segunda coisa que vejo são suas mãos: ferramentas puras que não ousam me tocar. Gritei.
A última coisa que ouvi foram seus passos, quando calmamente caminha de volta à escuridão, sua gargalhada se camuflando no festejar sangrento quando misturo-me à poeira da calçada. Fogo! você grita, e já é tarde demais.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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