Você me fez vermelho-vibrante quando todo o meu corpo ardeu em brasas.
Me fez laranjafogosdeartifício quando as batidas do meu coração se aceleraram numa explosão embriagada.
Me fez amarelo-diamante, meio a uma cidade acinzentada, quando belamente se tornava sol.
Me fez castanhovocê quando mergulhei nos particulares tons de seus olhos e lá desejei fazer morada.
Me fez azulpóschuva como o céu de seu abraço, que, me cercando, tornava tudo constelação.
Me fez iridescente quando tudo dentro de mim brilhou aquelas centenas, milhares, indescritíveis cores. Me ensolarou e me fez sol, tão quente quanto o seu toque. Me choveu e me fez tempestade, deliciosa no meio da noite. Colorida como um amor que chega no meio da primavera, doce como um beijo que faz vôo numa tarde de outono.
Você coloriu meu coração, desenhando em cada uma de minhas células num poema que fez vôo sem anunciar, e, de repente, me arcoirizou por inteira, indescolorivelmente.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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