Era noite de festa. A música ruim ecoava em seus ouvidos, seu corpo sacudia cambaleante, e ela ria, desequilibrada, entre goles de vinho.
Tudo começou com um beijo - embriagado, interrompido e esquecido. E terminou com um deixar pra lá que acinzentou uma pontinha de um início de paixão que ameaçava chegar como uma tempestade de verão.
Era tarde de domingo. Música doce ecoava em seus ouvidos, seu corpo balançava ao som da balada desconhecida, e ela ria, brilhando ao lado de um ensolarar personificado.
Tudo (re)começou com um beijo - colorido, quente e constrangido: quase esquecido. E continuou com um arco-irizar que tatuou uma pontinha de poema em cada parte de seu corpo, boca, mente e coração, como uma paixão que chega na hora, tropeçando na gente, e se instala sem devolução.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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