Eu costumava acreditar em uma série de coisas que diziam sobre o amor.
Com 11 anos, assisti a um garoto chorar descontroladamente, na velha televisão em nossa sala de estar, por causa de uma tal Rosemary, seu primeiro grande amor, e aos 14 finalmente senti aquilo, quando meu coração pareceu sair da boca por um garoto de topete preto com quem eu havia trocado 5 palavras e meia na aula de matemática.
Aos 15 conheci Bela, garota tímida e bonitona capaz de dar a vida por seu grande amor, o romântico - e imortal - Edward, quando por dois dias mergulhei no que parecia ser o melhor livro de minha existência. Aos 17, escrevi uma dezena de poemas de amor (ruins) para o meu melhor amigo, e pensei finalmente ter entendido. Semanas depois, ele apareceu com um belo poema e um anel brilhante (para outra garota), e como o protagonista bobão de ABC do amor, chorei todo o dramático rio de um coração partido.
Aos 18, aprendi com a discografia de Taylor Swift, colocada no mais alto volume em meus fones de ouvido, que tudo o que o amor faz é quebrar, queimar e acabar. Pensei finalmente ter entendido quando Nina - a garota dos beijos no meio da chuva e segurares de mão furtivos - disse não estar mais apaixonada por mim, após seis meses do que pareceu ser uma história de amor épica da vida real.
No ano seguinte, Ana Carolina, a garota de cabelo roxo e calças dobradas na canela - mais conhecida como minha melhor amiga - me disse que amor era aquilo que não acabava; e pensei finalmente ter entedido quando o gosto dos lábios de Nina não saiu de minha boca - e de minha cabeça, e do meu coração - mesmo depois de eu beijar centenas de outros lábios numa tour pelas festas baratas da cidade.
Conheci o amor de verdade no final daquele ano, quando uma eu cheia de lágrimas e curativos sangrentos encontrou em seus próprios braços um abraço confortador, e no meio das noites ruins, uma voz que dizia que tudo ia ficar bem. Eu costumava acreditar em uma série de coisas que diziam sobre o amor, mas a melhor delas aprendi comigo mesma. Naquele ano, finalmente, conheci o amor - não meu primeiro, ou segundo, mas, de longe, o mais importante.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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