Quem dera eu pudesse te arrancar de mim, como cada promessa soprada desses lábios - que já nem parecem meus.
Quem dera eu pudesse te arrancar de mim, como cada palavra que puxo delicadamente - até todo o sangue jorrar.
Quem dera eu pudesse te arrancar de mim, como todo o amor que foi levado - e ainda permanece.
Quem dera eu pudesse te arrancar de mim, e de meus olhos, e minha cabeça, e minha pele - de todo o meu ser - como arranco cada resquício de poesia
que ainda grita
e se remexe,
procurando seu caminho tortuoso até sabe-se lá o que.
Quem dera eu pudesse te arrancar de mim, quando tudo o que sei é sentir
(tanto).
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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