Feitas de danças na chuva, como sopros de ar fresco, nós éramos o estar em casa depois de um dia frio. Simples como respirar, em seus braços eu podia fechar os olhos, e a noite era só noite.
Passo pela porta e somos apenas estranhas. Toda a sala parece vazia - nada de seus olhos em minha direção e nem uma pitada da promessa em seus lábios. Nada da luz que emanava de todos os nossos nós.
Passo pela porta e sou apenas eu, olhos grudados em uma estranha que já me foi tão conhecida. Como se eu nunca tivesse acordado, no meio da noite, com seus braços ao meu redor, como uma promessa silenciosa de que embora tudo o mais parecesse escuro, a mágica era real, em suas quentes mãos de condão.
Passo pela porta e não nos encontramos. Todo o caminho que outrora se tornara tortuoso parece nunca ter existido.
Passo pela porta e sei que tenho todas as horas à minha espera.
Passo pela porta e sei que a noite é só noite, tão dolorosamente solitária sem o sol de sua presença que, quando não ao meu lado, irradiava em cada pedacinho mim.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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