Me apaixonei por Rainbow no começo daquele outono. Ela chegou como uma chuva no meio da noite, arcoirizando todos os meus sonhos, num nascer do Sol tão quente como eu nunca havia experimentado.
Soube que a amava em meados da primavera, quando todas as minhas palavras bonitas pareceram voar, num cair tão claro que só podia ser de amores, e senti sua falta em boa parte do verão, quando as chuvas no meio da noite já não vinham pra me refrescar.
Tive certeza no final daquela estação, quando o calor de seu olhar voltou para mim, acendendo tantas faíscas em meu coração que meu corpo todo tornou-se luz - tão intensa que meus olhos choveram poemas que eu não tinha.
Me dei conta da grandiosidade de seus raios no fim daquele verão, e então ela se pôs, num salto que me partiu em pedacinhos.
Conheci Rainbow há dois outonos, e pude amá-la por cerca de quatro estações, mas a verdade é que nada sobre nós coube em palavras ou números - e tampouco coube em mim.
Conheci Rainbow há dois outonos, e soube que a amava em meados da primavera, quando suas florezinhas foram plantadas em meu coração, com cuidado e delicadeza, tornando casa qualquer lugar permeado por seu toque.
Conheci Rainbow há dois outonos, e pude amá-la por cerca de quatro estações, como o presente mais belo que já tive a sorte de contemplar; porque a verdade é que não importa se, em algum momento, nós seguirmos caminhos tão diferentes que eu já não possa sentir o calor de seus raios. Ela jardinou meu coração, e sempre serei grata por esse tempo, porque é daqueles momentos que vou me lembrar; de todos os segundos em que meu coração parecia tão cheio que já não importava se era inverno ou verão - eu tinha flores por todos os lados, tão belas como eu nunca havia conhecido.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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