Nós não precisamos gostar uns dos outros - não há um código sobre isso. Tão pouco precisamos ser melhores amigos ou puxar assunto quando nos encontramos. Também não há um código sobre isso, mas acho que há algo sobre respeito e, mais relevante ainda, sobre não ser desnecessário.
Não sei se essa palavra faz sentido, mas, ao (re) pensar sobre minhas relações com as pessoas que conheço, e sobre suas respectivas relações com os outros, tenho me questionado bastante sobre o que nos faz, em alguns momentos, sermos tão desrespeitosos uns com os outros ou, pior ainda, tão extremamente desagradáveis.
Uma das coisas que mais me incomoda e, por isso, me policio, evitando fazê-lo, é julgar as outras pessoas sem conhecê-las. Não gosto quando falam sobre a minha vida, ou história, sem me conhecer, e por isso me incomodo quando vejo alguém fazendo-o em relação a outras pessoas. É errado, egoísta, e mostra nossa incapacidade de enxergar além - e prefiro não terminar essa frase porque ela abrange muita coisa, mas se você preferir, entenda algo como "enxergar além de nosso próprio mundo", se é que isso faz algum sentido; e eu posso estar errada, mas acho que apontar o dedo no nariz do outro sem antes questionar suas próprias atitudes é, no mínimo, bastante hipócrita, e não gosto disso.
Todos os dias vejo pessoas falando constantemente sobre amor ao próximo e união, o que na teoria é muito bonito, mas vejo pouco disso na prática, e falo isso pensando no que disse anteriormente sobre sermos, muitas vezes, desnecessários - e na pior das hipóteses, desagradáveis.
Não entendo qual a dificuldade em simplesmente respeitar as outras pessoas. Como eu também já disse, e quero deixar claro, você não precisa gostar de alguém - não há um código sobre isso, mas penso que se não tem nada bom pra dizer para aquela pessoa, simplesmente não deve dizer nada.
Vejo constantemente as pessoas julgando, no que me parece um ciclo vicioso, a aparência uns dos outros, como se houvesse uma cláusula sobre você precisar colocar alguém para baixo para parecer bem, o que me parece idiota pra caralho. Nós não deveríamos fazer isso - como se fosse uma espécie de competição ou algo do tipo, porque não é. Não se trata disso, e o problema é justamente esse. As pessoas - e você pode entender como nós, porque talvez eu também possa estar inclusa nisso - parecem se preocupar demais com o que, na verdade, não lhes diz respeito.
Que diferença faz na sua vida - e enfatizo aqui as três últimas palavras: N A S U A V I D A, especificamente - o quanto outra pessoa come, ou as roupas que ela veste, ou o modo como se maqueia (ou o fato de ela não fazer isso), ou quem ela namora, ou quem são seus amigos, ou como ela tira fotos, ou como arruma o cabelo, ou os livros que lê, ou onde estudou, ou que músicas gosta. Que diferença faz na sua vida?
Sempre me importei bastante com o que as pessoas diziam/pensavam sobre mim, e isso também me levou a, constantemente, querer agradar a todos. Então, recentemente, comecei a me questionar sobre determinados assuntos, e realmente acho que as coisas seriam bem melhores - e o mundo, possivelmente, mais tolerável - se parássemos de julgar o outro o tempo todo, principalmente quando não nos diz respeito.
Se tentássemos ser mais agradáveis e nos uníssemos, ao invés de alimentarmos essa necessidade de falar sobre o que não nos diz respeito (ou, mais popularmente falando, dar "pitaco" na vida do outro quando aquilo não lhe afeta de modo algum), realmente acredito que nossas relações pessoais seriam melhores.
Além disso, creio que repensar nossas próprias atitudes antes de julgar o outro seria um ótimo primeiro passo, afinal as coisas se constroem com diálogos, ações e, antes de tudo, questionamentos.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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