- O que foi? - eu abri os olhos, e ele ainda me encarava daquela maneira. Como se quisesse dizer algo importante. E suas mãos ainda estavam em minhas costas, quentes, por dentro de minha camiseta, desenhando lentamente de um jeito indescritivelmente bom. - Você é a melhor coisa que já aconteceu. Sabe disso, não é? - ele disse, baixinho, nossos rostos tão próximos que eu precisei fechar meus olhos para não ser muito óbvia. Porque senão ele saberia. O quanto eu realmente precisava dele, e eu não queria assustá-lo. Então, quando ele disse, como se estivesse com medo da minha reação - com medo de que eu me levantasse a qualquer momento, meu coração se apertou. Então era aquilo o que significava ser a melhor coisa de alguém. Então era aquilo o que significava ser importante. Fechei os olhos, encostando minha cabeça em seu peito, e se eu pudesse - se houvesse espaço o suficiente, eu o teria puxado mais para perto. E antes que eu pudesse me controlar, eu estava limpando aquelas lágrimas idiotas, e ele percebeu. Droga, Mick, o que você está fazendo comigo?
- Ei - ele levantou meu queixo, me obrigando a encará-lo, e eu o fiz. Que se foda se ele queria ver. Já era tarde demais. Ele era importante demais. - Desculpe. Eu...o que eu disse? - ele passou a mão atrás da cabeça, como fazia quando não sabia o que dizer.
- Só não vá embora - eu respondi, e aquilo não fazia sentido nenhum, mas eu tinha medo. De acabar, de alguma forma, perdendo-o. De aquela amizade louca beirando a algo mais dar errado, e acabarmos nos magoando. Eu não queria ser a parte magoada, e também odiaria feri-lo.
- Não vou a lugar algum, Lee - ele olhou bem no fundo dos meus olhos, e eu acreditei. Então, encostou, lentamente, como que pedindo minha permissão, seus lábios em minha bochecha, e permaneceu ali, por um tempo bem maior do que o necessário, e eu soube que era tarde demais.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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