É engraçado como você quebra
Tudo que suas mãos ágeis alcançam
E machuca, e pisa, e fere e destrói
Até a mais intrínseca camada.
Até não remanescer nada mais.
É engraçado como você tira
Das mais brilhantes coisas toda a cor
E sufoca toda a vivacidade
Com a aura escura que o rodeia.
É engraçado como você tira
sarro de tudo e todos também
E é engraçado como não tem
graça alguma para ninguém mais.
É engraçado como um rosto
banhado por tamanha formosura
Pode ser tão desumano e frio
Será que você não consegue ver
Através da armadura do gelo?
É engraçado como você joga
espinhos em todos que se aproximam
E é engraçado como por fim
Eles ferem apenas à você.
É engraçado como você vive
De grosserias e humilhações
E nunca volta para consertar
As feridas que deixa para trás.
É engraçado como você é
Apenas um pobre amargurado
E é tão engraçado que não tem
Graça para ninguém mais.
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