A beleza não está nos espelhos, no rosto ou no manequim. Nas bordas, janelas ou disfarces. A beleza não está nas roupas, no discurso, ou na maquiagem. No aperto de mão, no currículo, ou na conta bancária. A beleza não está nas coisas que vão.
A beleza não pode ser vista. Ou tocada - não em seu sentido mais óbvio. Ela precisa ser sentida. Ou ouvida, às vezes.
A beleza é simples. É sabor. Calor. Entrega sem pudor.
A beleza é complexa. Profunda. Doce. É processo não acabado.
A beleza está no olhar.
Nos olhos daquele que consegue enxergar as centenas de tons azuis nas noites mais acinzentadas, em que a escolha mais fácil seria simplesmente saltar.
A beleza está na poesia. Na música. No toque.
A beleza está naquele que encontra nas palavras de outro um refúgio, ou, por meio delas, enfim compreende sua própria dor, e naquele que faz de suas palavras, esperança para um alguém desconhecido.
A beleza está nas mãos. Nos lábios. No corpo. De quem abraça sem medo de deixar, para trás, um pedacinho de sua alma. A beleza está naquele que não tem medo de se doar, e, ao mesmo tempo, absorver uma dose do que está ao seu redor.
A beleza está na voz. No grito, na gargalhada, no sussurro, no silêncio - ah, como ele é belo.
A beleza está naqueles que percebem a complexidade dos momentos. Bobos, pequenos, indescritíveis - que não dariam nem sequer boas histórias. Mas, ah, como são belos!
A beleza está no movimento. Na correria, na pressa, e nas risadas que vêm depois. No banho da chuva que chega de surpresa, nos beijos apressados, nos toques em segredo.
A beleza está na intensidade. Na profundidade. Na transcendência. A beleza está em sentir. E no observar de como isso é magnificamente belo.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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