Em momentos livres do torpor ininterrupto do dia a dia, me pego pensando na natureza do labirinto, e em como sair dele.
Embora por um tempo tenha acreditado que, com o avançar dos passos, a luz se mostraria, ainda caio em momentos de escuridão - constante - em que procuro desesperadamente pela saída, ou jogo-me em algum canto das inúmeras curvas, à espera do que vier.
Nesses momentos, sinto medo da inércia, e a inexplicável necessidade de sentir clama por mim novamente.
Então, penso que talvez, se trate disso. Essa pode ser a grande questão. Talvez - e isso me assusta - não seja sobre escolher o labirinto; mas sobre a forma como você decide percorrê-lo. Algo como andar descalço por quilômetros no Sol quente apenas para ver a chuva.
E, agora, me pergunto se as tempestades valem a pena...
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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