Há uma certa beleza em se estar triste. E há uma beleza maior ainda em produzir algo a partir da tristeza.
Chega a quase ser poético. Talvez mais do que a morte, ou o amor, a tristeza se torna algo palpável, sólido. Puro. E de certa forma, nos identifica.
Há uma certa beleza em se estar triste. E há uma beleza maior ainda em produzir algo bom a partir da tristeza.
Ela nos torna passíveis de significado. Profundos, sensíveis. Nos torna pessoas.
Há uma certa beleza em se estar quebrado. Nos torna destrutíveis, e de certa forma, humanos. Meio cheios, mesmo que daquela substância tóxica e escura.
Há uma certa beleza em se produzir algo bom e eterno a partir da tristeza. Nos torna jovens. Presos em nossas próprias correntes neurológicas.
Mas não há beleza alguma em viver disso. Uma hora, precisamos arrancar o band aid, foi o que ouvi.
A dor, de certa forma, nos mostra que estamos vivos. Que somos reais, e não seres feitos de papel, vivendo num mundo de papel.
Mas a cura, bem, ela nos liberta.
E há uma certa beleza em se estar livre. É quase poético.
A liberdade chega, e vem acompanhada de uma enorme e esquisita sensação de nada. Um grande e doce nada.
Porque, na verdade, ela sempre esteve ali. No fundo de sua mente bagunçada, pedindo para ser notada.
E você a empurrava. Talvez não propositalmente, talvez não com força suficiente, talvez não de forma definitiva.
Mas você a jogava para longe.
Por medo. Medo de perder a beleza poética, delicada, profunda, real, humana, palpável e pura de se estar triste.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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