E durante as tempestades, meus gritos imploram pelo espectro iridescente de ódio que somente sua luz podia trazer. Invoco sua alma a cada instante do vazio de dor e prazer que consume o inacabável restante de meus dias, e rezo aos dois lados que me tragam o assombro de seus olhos inquietantes - apenas uma vez mais.
Então me lembro dos momentos de amor e ódio, em que tudo o que tínhamos era o outro. Meus olhos se fecham lentamente, e me jogo de braços abertos no poço dolorido que grita meu nome, mergulhando em seu sangue. Acho que já é hora.
A luz que vem de fora faz meus olhos arderem, mas não reluto. Sua chama gloriosa me assombra, e tudo fica bem novamente, então percebo que estou pronto.
E eu aceito. Enfim, eu aceito.
se me dissessem que tempestades eram tão belas, eu mandaria queimar todos os guarda-chuvas que pudesse encontrar. Deixe que a noite acenda, e você nunca se sentirá tão viva. " E se eu não quiser queimar?" ela me perguntou, vestindo sua expressão mais inteligente, e eu podia jurar - por toda a minha coleção de canetas coloridas e todas as minhas figurinhas do Simon Snow - que seus olhos faiscavam. Não eram a sua parte mais bonita - ela tinha um montão de pedacinhos notáveis e, de alguma forma, era muito mais do que a soma das partes. Não, seus olhos não eram sua parte mais bonita. Talvez fossem as mãos, ou a boca - aquela boca - mas eu era suspeita demais pra falar. Nossa professora de biologia havia dito que podemos ficar três minutos sem oxigênio - o que era tempo pra caramba - mas quando aqueles lábios tocavam os meus, bem... eu tinha certeza que a Srta. Tomas estava errada. Porque aqueles láb...
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