Você foi a tempestade mais poética
Em meio a uma dezena de furacões
E me manteve acesa como seus olhos.
Dentro de seus braços, eu era eu
E o que posso dizer agora?
Transbordo palavras que não possuo
E todas elas chovem como a noite
- elas chovem como eu mas não são minhas.
E o que posso dizer agora?
Elas não brilham como o sopro quente
Mas eu estou aqui, e ainda sou eu
com memórias que não cabem nos versos.
Tentando me despedir do verão,
os raios coloriram minha pele
sem você para fazer o contorno,
Mas ainda eram quentes e agradáveis.
Eu fui a tempestade barulhenta,
Em meio à música silenciosa
que vinha de você e me acalmava.
Dentro de seus braços, eu era eu
E o que posso dizer agora,
quando tudo se dissipou?
Mas continuo aqui, e ainda sou eu
- com palavras que não me pertencem
e memórias que não cabem nos versos.
(Transbordando coisas que não possuo)
E como posso continuar tão cheia?
* Para todos os copos meio-cheios ou meio-vazios: você não precisa ser uma metade. Continue transbordando.
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