Era noite de festa. A música ruim ecoava em seus ouvidos, seu corpo sacudia cambaleante, e ela ria, desequilibrada, entre goles de vinho. Tudo começou com um beijo - embriagado, interrompido e esquecido. E terminou com um deixar pra lá que acinzentou uma pontinha de um início de paixão que ameaçava chegar como uma tempestade de verão. Era tarde de domingo. Música doce ecoava em seus ouvidos, seu corpo balançava ao som da balada desconhecida, e ela ria, brilhando ao lado de um ensolarar personificado. Tudo (re)começou com um beijo - colorido, quente e constrangido: quase esquecido. E continuou com um arco-irizar que tatuou uma pontinha de poema em cada parte de seu corpo, boca, mente e coração, como uma paixão que chega na hora, tropeçando na gente, e se instala sem devolução.