Ela estava na cova dos leões, exposta como um alimento sangrento que seria servido no jantar. A adrenalina em seu corpo lhe dizia para correr, mas não havia saída - estavam cercados por uma dúzia de feras famintas, que num ato fraterno fingiam não sentir suas gargantas pulsarem ao cheiro do alimento que não lhes pertencia. O som do primeiro talher sendo pego pelo líder acionou um alarme em seus ouvidos, mas suas pernas não pareciam se mover. Havia muitos deles ali - todos aqueles olhares focados em sua direção, fingindo não vê-la. Com uma rápida inspeção pela arena, percebeu que havia uma pequena saída atravessando o gramado, e então estaria fora dali - salva? Um bolo se formou lentamente em sua garganta, chegando junto à percepção de que não escaparia viva. Nem seu grito mais alto faria com que fosse escutada, porque não era daquela maneira que as coisas funcionavam - ela n...