Embriagada, não sei onde estou. Minhas mãos tateiam na escuridão, procurando um norte, e tudo se sacode. Meus olhos parecem fechados e o ar, silencioso, quando fogo se espalha ao meu redor, tão perto que sinto minha pele queimar. Tudo é flamejante, dolorido, quente; e, sem explicações, me jogo. Meu corpo vibra quando, lentamente, o chão se parte em dois, e de repente me vejo em queda livre, sem onde me segurar. Debato meus braços à toa, e um grito sufoca em minha garganta. Fecho os olhos, sinto o ar escapar. Cercada por corpos celestes, estou em queda livre, e quero cair. O chão parece longe, mas de repente são apenas alguns centímetros quando, sentindo lentamente minha pele se incendiar, tudo é fogo. Vibro numa explosão violenta, que parece durar uma eternidade - 1... 2,3 : o incêndio sou eu, e deixo que exploda. O ar volta, então, lentamente aos meus pulmões, num sopro que me trás à v...