Você foi a tempestade mais poética Em meio a uma dezena de furacões E me manteve acesa como seus olhos. Dentro de seus braços, eu era eu E o que posso dizer agora? Transbordo palavras que não possuo E todas elas chovem como a noite - elas chovem como eu mas não são minhas. E o que posso dizer agora? Elas não brilham como o sopro quente Mas eu estou aqui, e ainda sou eu com memórias que não cabem nos versos. Tentando me despedir do verão, os raios coloriram minha pele sem você para fazer o contorno, Mas ainda eram quentes e agradáveis. Eu fui a tempestade barulhenta, Em meio à música silenciosa que vinha de você e me acalmava. Dentro de seus braços, eu era eu E o que posso dizer agora, quando tudo se dissipou? Mas continuo aqui, e ainda sou eu - com palavras que não me pertencem e memórias que não cabem nos versos. (Transbordando coisas que não possuo) E como...